No artigo de hoje iremos debater a interligação entre dois dos mais importantes pilares que alicerçam um bom apostador esportivo: o emocional e a técnica.
Veremos como um pode influir no outro e como tudo isso tem relação com bad run, abatimento em função dos resultados, quebra de banca, entre outros problemas.
Confira a seguir.
Emocional como Bode Expiatório
Na comunidade apostadora, muitas vezes podemos ver debates sobre controle emocional, seja sobre como desenvolvê-lo, como aprender a lidar com a variância sem se precipitar, etc.
Ocorre que, em várias dessas discussões, o aspecto emocional é destacado de todo o resto, como se fosse algo totalmente independente.
Acontece que ele não é.
Sendo assim, costumo de dizer que é comum vermos a falta de habilidades emocionais como bode expiatório dentre apostadores.
O emocional é somente parte de um todo representado pelas características que compõem um punter profissional, e desenvolvê-lo está umbilicalmente ligado a adquirir e aprender outras capacidades importantes.
Recorramos ao poder dos exemplos.
O Exemplo do João
Imagine que João é um apostador novato, que está somente em seu segundo mês nessa atividade.
Sua primeira bad run chegou à sua porta, e está lhe causando arrepios.
Ele sente tristeza e abatimento pelas perdas.
Além disso, João se questiona a respeito de tudo que já vivenciou ou ouviu falar sobre as apostas.
Nosso personagem está em dúvida se realmente dá para ganhar dinheiro com isso ou se o enganaram.
E mesmo que seja possível, João não sabe se é bom o suficiente para tanto.
Logo ele, que entende tanto de futebol… e nesse momento difícil, muitos pensamentos invadem sua mente em um rompante.
João pensa que deve tentar um “tudo ou nada” para recuperar as perdas, e a quebra de banca está logo ali.
O Exemplo do Joaquim
Enquanto isso, Joaquim é um apostador consolidado.
Ele possui um método de eficácia comprovada ao longo de alguns anos no mercado.
Eis que, indesejavelmente, uma nova bad run chega para ele, trazendo longas semanas de perdas profundas.
Obviamente, ele não ficará feliz com isso.
Afinal, ninguém fica feliz perdendo.
Só que, ao contrário do exemplo anterior, Joaquim é um apostador experiente.
Ele já passou por isso antes, e sabe que passará mais vezes.
E o mais importante, esse personagem tem confiança em seu método, adquirida ao longo do tempo de caminhada.
Como implicação natural disso, ele tende a não cair em desespero.
E isso ocorre apenas pois, tecnicamente, Joaquim está preparado e sabe o que fazer nesse tipo de situação.
É assim que ele obtém tranquilidade para superar o momento ruim.
Desenvolvimento Técnico para um Suporte Emocional
Nesse ponto, cabe a ressalva de que, obviamente, as pessoas são diferentes, e seria leviano negar isso.
Alguns apostadores terão mais dificuldade para exercer o controle emocional, enquanto outros menos.
Todavia, em todos os casos, o desenvolvimento técnico só tem a ajudar.
Controle emocional não cai do céu.
Você pode até trabalhá-lo de forma individualizada, com um psicólogo, por exemplo, mas dificilmente conseguirá exercê-lo em sua mais plena forma nas apostas se, sob um prisma técnico, não souber muito bem o que está fazendo.
Dito isso, se você tem um problema com o emocional nas apostas, ousa-se dizer que sua questão passa por esse ponto, mas provavelmente não é só sobre emocional.
É preciso dominar temas como probabilidades, precificação, gestão de banca, variância, longo prazo, vieses cognitivos, entre outros.
Pode ser que isso, por si só, também não resolva o seu problema, mas garanto que irá lhe ajudar.
Sobre o Autor
0 Comentários