All in nas apostas esportivas
All in nas apostas esportivas

O famigerado all-in é o ato de colocar a banca inteira em uma única aposta ou poucas apostas. E existem dois fatos sempre presentes quando esse é o assunto.

O primeiro deles é o de que praticamente todos nas apostas, exceto quem é muito iniciante, sabem que essa é uma prática lesiva para a banca do apostador.

O segundo é que, mesmo assim, com frequência, ficamos sabendo de casos de apostadores iniciantes, intermediários e até experientes que cometeram esse erro.

E pagaram um preço alto por isso: a quebra de banca.

Origem do Termo

Antes de mais nada, é preciso esclarecer que esse termo “all-in” é proveniente de algumas modalidades muito comuns nos cassinos, como o Poker, a roleta e outros.

Em algumas delas, o all-in realmente é uma estratégia válida e usada inclusive por profissionais.

Entretanto, essa prática não combina em nada com as apostas e se mostra um caminho sem volta para a ruína de uma banca.

Emocional x All-in

Destarte, esse é um tema muito ligado à psicologia do apostador, e, portanto, não apenas a seu racional, mas também a seu emocional.

Não basta saber que uma aposta no valor integral da banca é algo errado, mas também é necessário ter evoluído o aspecto emocional.

Sem isso o profissional arriscará não sobreviver às fases ruins que virão pelo caminho.

Em uma fase ruim ou mesmo uma bad run, vários gatilhos negativos são acionados na mente de um punter ou trader, como a aversão à perda.

Se o apostador não está devidamente preparado para lidar com isso, poderá tentar recuperar o valor perdido.

É o que acaba culminando no all-in, mesmo sabendo que isso é um equívoco.

Teorema da Escada

Diante disso, é importante trazer a debate o chamado “Teorema da Escada”, abordado frequentemente, e de forma brilhante, pelo trader esportivo e youtuber Nettuno.

Esse Teorema diz que, uma vez que um apostador faz all-in, ele tenderá a repetir essa prática até a quebra de banca.

Isso fará com que o gráfico do saldo de seu bankroll se torne realmente parecido com uma escada.

Diante de um primeiro all-in, na hipótese do resultado ser um green, poderá resultar em um fantástico lucro em termos percentuais, fazendo a banca subir um “degrau” em seu saldo.

Isso certamente levará o apostador à fantasia de que poderá repetir infinitas vezes essa manobra, e, com isso, enriquecer.

A tendência é que a operação se repita, e, havendo um novo green, essa crença se fortalecerá.

Essa história se repetirá, com a banca subindo diversos “degraus” rapidamente, com lucros expressivos, até que chegue a hora do red.

Nessa hora, uma vez que a aposta tinha o valor total da banca, a perda será fatal.

Conduzirá o apostador do alto da “escada” até o zero rapidamente

Um Ciclo Perigoso

E o teorema não acaba por aí.

Após a perda drástica, outros gatilhos negativos são acionados na mente do profissional.

Ele viu sua banca em um valor muito mais alto do que o inicial, aquilo foi real, esteve em suas mãos, sentiu o prazer viciante dos lucros rápidos.

A tendência é que inicie novamente a prática, e em algum momento viva uma nova quebra.

E assim sucessivamente.

Considerações Finais

Trata-se de uma questão bastante interessante e pouco abordada de um modo geral.

Uma vez feito um all-in, existem dois caminhos: a quebra imediata ou a quebra futura.

Muito dificilmente alguém que obtém um lucro rápido e satisfatório por meio de uma operação desse tipo deixará de repeti-la várias vezes, até que dê errado.

Portanto, o problema do all-in vai muito além da quebra de banca.

Além de expor o apostador a perdas severas, isso também toca o tema do vício nas apostas, pois a adrenalina de ter toda a banca em jogo é forte.

Além disso, o prazer de obter lucros expressivos e rápidos é viciante.

Assim, é imprescindível ter em mente que o all-in sempre levará à quebra de banca. É uma questão de tempo.

Sobre o Autor

Erick Feitosa
Erick Feitosa

Sou Erick Feitosa, Analista de Probabilidade e Tipster Profissional em Apostas Esportivas, com mais de 4 anos de experiência. Especialista em ligas brasileiras nos mercados asiáticos de altos limites. Trabalho para investidores, sindicatos e tenho um serviço de picks. Como Pedagogo, cultivo minha veia educativa nas apostas ensinando os meus alunos os caminhos do profissionalismo.

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