No texto de hoje traremos um exemplo prático, de uma situação ocorrida no dia 20/06/2022, na partida entre São Paulo e Palmeiras, no Morumbi, pela 13ª Rodada da Série A 2022.

Sair da teoria e ir para a prática é algo por vezes benéfico, permitindo visualizar situações da vida real e a influência disso no trabalho de um apostador.

O clássico paulista foi um exemplo prático de como a aleatoriedade e a imprevisibilidade reinam no curto prazo, tanto no futebol, como nas apostas nesse esporte.

O Tricolor vencia em sua casa por 1×0 até os 45 minutos do segundo tempo.

E a partida terminou com vitória palmeirense, por 1×2.

A virada foi súbita e até inesperada, em razão do momento em que a partida já se encontrava.

E essa situação deixou muitos apostadores com “os cabelos em pé”.

Alguns amargaram um red onde o green já estava “quase garantido”, e outros lucraram alto, acertando apostas em odds altas no fim da partida.

Independentemente de em qual desses grupos cada um de nós esteja, ou mesmo no caso de quem nem atuou nesse jogo, essa partida tem importantes lições que podemos absorver.

É no Apito Final

A primeira delas é: no futebol e nas apostas, nada nunca está garantido até que o evento chegue ao fim.

E esse é o grande motivo pelo qual devemos ter gestão de banca.

Alguém que eventualmente tenha feito um all in no 1×2 do São Paulo, no minuto 44 do segundo tempo, certamente se deu muito mal.

+EV e Pronto

E decorre disso também a noção de qual é o trabalho de um punter profissional: extrair valor do mercado.

Definitivamente, não é nossa atribuição adivinhar o que vai acontecer no jogo, até mesmo pois isso é impossível.

Ninguém consegue saber ao certo o que ocorrerá nas partidas, e quem apostar acreditando no contrário irá se decepcionar no longo prazo.

Sorte e Azar Faz Parte

Outro ensinamento imprescindível que essa partida nos proporcionou está ligado à sorte e ao azar, e sua relação com as bets.

O futebol é um esporte complexo, no qual os atletas, a arbitragem, as comissões técnicas, o ambiente, as condições climáticas, entre muitos outros fatores, fazem a diferença.

Basta um único erro de um jogador, ou um grande acerto de outro, por exemplo, e todas as “previsões” para a partida estarão erradas.

A sorte e o azar prevalecem sobre o +EV em uma única partida ou mesmo em uma curta amostragem de jogos.

E, absolutamente, não devemos nos importar com isso.

Não somos os melhores quando ganhamos a aposta com uma virada no fim, e nem somos os piores quando essa situação ocorre contra nós.

E, no longo prazo, isso acontecerá a favor e contra incontáveis vezes.

Um dia você vai ganhar com um gol milagroso no fim do jogo, e no outro você vai perder na exata mesma condição.

Em uma semana todas as decisões polêmicas da arbitragem serão a seu favor, e na outra todas serão contra.

É assim nas apostas.

Considerações Finais

Ficar bravo ou eufórico é supervalorizar uma única entrada, que nada mais é do que um grão de areia na praia, que é simbolizada pela sua temporada.

É preciso aprender a conviver com reds e greens de forma natural.

Eles irão se alternar freneticamente nas suas planilhas enquanto você for um apostador.

Não há para onde correr.

Ou aprende a lidar com isso, ou tornará sua jornada nas apostas muito mais pesada sob o ponto de vista psicológico e emocional do que ela pode ser.

No auge da sua carreira, você será o apostador que estava no São Paulo ou no Palmeiras na partida que estamos tratando, e irá dormir o mesmo sono depois do jogo, independentemente do resultado.

Nesse dia, você estará no patamar mais alto entre os apostadores esportivos.

Sobre o Autor

Mateus Salles
Mateus Salles

Sou Mateus Salles, analista de probabilidades e apostador esportivo desde 2019. Especialista nas Séries A e B do Brasil, nos mercados de handicap asiático, gols totais asiático e ambas marcam, em casas asiáticas de altos limites, na modalidade Punter.

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