No texto de hoje abordaremos a relação entre o Árbitro de Vídeo (VAR) e as apostas esportivas.
Partiremos desde a recente origem dessa tecnologia até passarmos pelo dia-a-dia dos apostadores, sob a ótica do curto e do longo prazo.
O VAR é uma tecnologia relativamente nova no mundo do futebol, apesar de já estarmos basicamente acostumados a essa realidade, é somente o quinto ano de uso dos monitores à beira do campo.
O Árbitro de Vídeo, da forma como conhecemos, foi gradualmente instalado nas principais competições após a Copa do Mundo de 2018, ocasião na qual foi utilizado.
Apesar disso, principalmente na América do Sul, essa ainda é uma tecnologia reservada às maiores ligas e reta final de algumas competições.
A organização dos campeonatos alega falta de recursos para implementá-la em toda e qualquer disputa.
Com VAR e sem VAR?
Entra aí um fator curioso e atual vivido pelos punters.
É comum cobrirmos, no mesmo dia, jogos de competições com e sem o VAR, o que pode gerar uma certa confusão em função de tantas peculiaridades.
Quem nunca se flagrou pedindo atuação do Árbitro de Vídeo em um campeonato onde ele não estava disponível?
Entretanto, a resposta ao questionamento do título perpassa pela noção de curto e longo prazo.
É inegável que, no curto prazo (baixa amostragem), essa tecnologia afeta sobremaneira os resultados dos apostadores.
O VAR, por sua própria natureza, é usado somente em lances capitais da partida, e sua atuação discutirá a marcação de um pênalti, a validação de um gol, ou a aplicação de um cartão vermelho.
Muitas vezes, aí está o que separa um green e um red.
É possível que, em uma determinada semana, um punter dê o “azar” de ter diversas decisões do VAR desfavoráveis às suas posições nas partidas, o que lhe custará várias perdas.
Se ele for muito apegado ao curto prazo, certamente não ficará nada feliz e “cuspirá abelhas africanas” contra a arbitragem.
Mas o contrário também ocorre, afinal, em certos períodos, poderá acontecer uma série de decisões favoráveis à posição do apostador por parte do Árbitro de Vídeo.
Da mesma maneira, caso supervalorize a baixa amostragem, ele pensará: “bendito VAR!”.
O Longo Prazo até no VAR
Ocorre que apostar de forma profissional é uma atividade voltada para o longo prazo.
Pouco importa o que acontece em uma semana ou um mês, onde a aleatoriedade prevalece sobre o +EV.
O que buscamos é estar do lado do valor, para que, em uma larga amostragem, a lei dos grandes números possa nos favorecer.
Tendo isso em mente, a análise desse tema muda completamente.
É possível afirmar que, no longo prazo, a existência ou não de VAR não influi em absolutamente nada no trabalho do apostador.
Isso pois, em um amplo histórico de apostas, as decisões favoráveis e desfavoráveis do Árbitro de Vídeo tenderão a acontecer nas mesmas proporções.
Essa tendência se tornará mais concreta à medida que a amostragem aumentar.
O VAR fará menos diferença em dez mil apostas do que em mil.
E significará menos em cem mil apostas do que em dez mil.
No longo prazo, decisões “boas” e “ruins” tratarão de se anular, no chamado “retorno à média”.
Com isso, o Árbitro de Vídeo somente influi (e muito) no trabalho de um apostador se analisado no curto prazo.
No longo prazo, isso não possui qualquer interferência, seja positiva ou negativa.
Esqueça a arbitragem e foque em extrair +EV, que é o que lhe trará lucro ao longo do tempo.
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