O Risco da Ruína nas Apostas Esportivas e na Vida

A vida é feita de riscos. Isso é inegável. Estamos lidando com riscos o tempo todo, desde o momento em que acordamos até a hora que vamos dormir, e inclusive durante nosso sono.

Já parou para pensar nos riscos envolvidos em uma simples ida ao supermercado?

As probabilidades vão desde um atropelamento na rua até um eventual assalto que podemos sofrer, além de inúmeros outros acontecimentos possíveis.

Aliás, os riscos também envolvem eventos positivos. Podemos estar andando na rua e encontrar uma nota de cinquenta reais no chão, por exemplo.

Como Lidar com os Riscos

Diante do fato incontroverso de que não podemos evitar todos os riscos, surge a necessidade de gerencia-los.

Uma pessoa bem-sucedida é, na enorme maioria dos casos, uma exímia gestora de possibilidades e riscos.

Nosso crescimento, seja enquanto pessoa ou profissional, envolve diversos riscos, vez que estes são consequências naturais de nossas escolhas. Afinal, quando se opta por embarcar em um novo emprego ou mesmo criar uma empresa, automaticamente arrisca-se obter êxito ou fracasso.

E engana-se quem pensa que ficar parado, no local onde está, não implica em risco, pois não progredir e ficar estagnado na vida também pode ser considerado um risco grave.

Se viver, por si só, é estar sob constante ameaça de probabilidades boas ou ruins, a sabedoria da gestão de riscos consiste em saber a quais deles devemos nos expor, e de quais devemos tentar ao máximo permanecer distantes.

Posso afirmar que existe um único risco ao qual você jamais deve se expor em qualquer esfera de sua vida: o Risco da Ruína.

O que é o Risco da Ruína?

Entra em cena um conceito já muito difundido em outras áreas de investimento, especialmente na bolsa de valores, mas ainda pouco explorado em nossa área das apostas esportivas.

Esse foi o grande combustível para a escrita deste artigo, uma vez que esse tema se relaciona diretamente com nossa atividade.

Mas afinal, o que é o Risco da Ruína?

Respondo: É o risco do “game over”, de ficar fora do “jogo” em razão de um dano de muito difícil recuperação ou mesmo irreversível. Trata-se de um conceito relativamente simples, mas que pode salvar sua pele em diversos momentos e aspectos.

Antes de mais nada, é importante ressaltar que o Risco da Ruína está mais próximo do que podemos imaginar.

Inúmeras atividades rotineiras em nossa sociedade envolvem um certo grau de Risco da Ruína, que muitas vezes passa despercebido aos olhos não treinados para identificar esse risco negativo até que seja tarde demais.

Querem exemplos?

Todos conhecemos pessoas que possuem como patrimônio ou única fonte de renda a sua empresa, muitas vezes uma sociedade familiar e de pequeno porte (microempreendedor).

Por mais corriqueiro que isso seja, o Risco da Ruína se faz presente e deve ser detectado.

Caso uma crise financeira comece, ou por qualquer razão essa empresa venha a quebrar, a pessoa provavelmente irá à ruína, pois ficará sem fonte de renda e/ou grande parte de seu patrimônio.

Outro exemplo corriqueiro: determinada pessoa possui um emprego, com carteira assinada, tem filhos para sustentar, e não conta com qualquer reserva financeira para emergências.

Caso esse indivíduo perca o emprego, encontrará problemas imediatos para prover o sustento próprio e de sua família, também podendo ir à ruína.

Colocando o Risco da Ruína na Rotina

A questão chave para evitar esse perigosíssimo risco é sempre refletir e perguntar a si mesmo: “estou correndo o Risco da Ruína?”, ou “irei correr o Risco da Ruína caso tome determinada atitude?”.

Se a resposta for positiva, devemos imediatamente agir de modo a evita-lo.

Não custa repetir, o Risco da Ruína é o único que jamais devemos correr, pois representa a probabilidade de sofrer um dano irrecuperável.

Evidentemente, na prática as coisas são mais difíceis que na teoria.

No caso do primeiro exemplo apresentado, a pessoa poderia dedicar seus esforços para, a médio/longo prazo adquirir uma nova fonte de renda e diversificar seu patrimônio em outras áreas.

Já a pessoa do segundo exemplo poderia ao menos formar uma reserva financeira de emergência, que cobrisse alguns meses de suas despesas familiares caso houvesse a perda do emprego.

Não existe resposta padrão, e cada caso exigirá uma diferente atitude para evitar o Risco da Ruína.

Risco da Ruína e as Apostas Esportivas

Nas apostas o mesmo raciocínio é aplicável. Sua banca, enquanto apostador, é o centro de toda a sua atividade.

Apostar, por si só, é lidar com riscos o tempo todo, vez que estamos sempre expostos à probabilidade de ganhar ou perder uma aposta, e com isso crescer nossa banca ou ver um pequeno pedaço dela se esvair.

Entretanto, sua banca jamais deverá correr o Risco da Ruína, que no caso dela é equivalente à quebra ou a uma perda percentual muito elevada.

Métodos difundidos na internet como alavancagem de banca, all in, Martingale, Fibonacci, entre outros, envolvem operações que invariavelmente colocarão sua banca sob o Risco da Ruína, e você jamais deve permitir que isso aconteça.

O mesmo é possível afirmar acerca de gestões muito agressivas de banca, que podem não resistir a uma sequência negativa forte.

Outra forma muito comum, dentro das apostas, de se expor ao Risco da Ruína, é confiando seu precioso dinheiro nas mãos das pessoas erradas.

Com a popularização das apostas, muito decorrente da legalização, mesmo que com a regulamentação ainda em curso, surgiram muitos “gurus das apostas”.

Pessoas sem absolutamente nenhum histórico comprovado, que subitamente iniciam algum serviço de tips, ou, ainda pior, indivíduos que nem são apostadores e passam a aplicar golpes, subtraindo o dinheiro de outras pessoas.

É preciso estar sempre alerta.

Identificando Risco da Ruína nas Apostas

O Risco da Ruína mora mais perto do que podemos imaginar, às vezes em práticas que aparentemente são inocentes. Identificá-lo é essencial, e é o primeiro passo para não se expor ele.

Se você é iniciante nas apostas, busque acompanhar pessoas com trajetória comprovada e procure saber, por meio delas, o que é seguro e o que não é, o que traz resultado e o que não traz.

Se estiver buscando um serviço de tipster, analise profundamente a carreira da pessoa que deseja contratar, peça referência de outros clientes, procure se informar.

Da mesma forma, não entregue seu dinheiro na mão de bookies duvidosas, sem histórico no mercado. É importante lembrar que nesse meio existem casas e plataformas confiáveis, enquanto outras não são dignas da sua confiança.

Ter os seus fundos retidos ou não pagos por uma bookie também pode ser considerado uma forma de ruína da sua banca.

E, claro, mesmo que em casas confiáveis, não faça coisas erradas. Não duplique contas e jamais vá contra o regulamento das bookies, pois isso também pode ser assumir o Risco da Ruína. Se a casa descobrir, pode não permitir seu saque.

Considerações Finais

Por fim, apesar de extrapolar o tema estritamente das apostas, é essencial demonstrar que o conceito de Risco da Ruína também é plenamente aplicável a nossas vidas como um todo. Afinal, a maior ruína possível e existente diz respeito à da nossa própria vida, ou ao fim dela.

Obviamente, todos iremos morrer um dia e isso é incontornável. Entretanto, existem certas atitudes que implicam em um grande risco à vida no curto, médio ou longo prazo.

Hábitos não saudáveis em geral, comportamentos prejudiciais à saúde do corpo e da mente, além de irem contra sua performance como apostador, também levam ao Risco da Ruína, e por isso devem ser evitados.

Como dito no início deste artigo, o conceito do Risco da Ruína compõe a única probabilidade que jamais devemos assumir.

Sua adoção como algo a ser evitado a qualquer custo em nossas vidas pessoais e profissionais é algo que nos engrandece e nos salva de situações evitáveis que poderiam trazer grande prejuízo.

Para tanto, saber identifica-lo é essencial. Sempre questione se suas potenciais atitudes podem te conduzir ao único risco que não se pode correr.

Leve para si esse aprendizado. Seja em qualquer esfera de sua vida, jamais corra o Risco da Ruína!