Recentemente, publicamos um artigo exclusivamente sobre a métrica do “Closing Line Value” (CLV) nas apostas esportivas, explicando desde seu conceito até sua aplicabilidade.
Hoje é a vez do BTL, um dado que pode ser considerado o melhor amigo do CLV, já que ambos os institutos se complementam.
O que é BTL?
O BTL é uma sigla oriunda da expressão “beat the line”, que em português pode ser traduzida como “bater a linha”.
Desse modo, trata-se de uma forma de analisar as apostas de um punter, sob a ótica percentual de quantas vezes ele costuma derrotar as odds de fechamento.
Ilustrando, se um apostador realizou 500 apostas em uma temporada, e bateu o fechamento do mercado em 300 oportunidades, pode-se afirmar que ele o fez em 60% das entradas.
Sob o prisma do BTL, enquanto métrica, isso seria expresso da seguinte forma:
- BTL (SIM): 60%
- BTL (NÃO): 40%
Mas se já controlamos o nosso CLV, qual o motivo para também fazermos o controle do BTL?
O CLV, na forma correta de controle, é uma média geral.
Ao longo de uma temporada, por exemplo, ele é a soma de todos os CLV individuais de cada aposta, dividido pelo número de apostas.
Ocorre que essa informação, sem nenhum complemento, pode apresentar-se turva em um certo aspecto.
Veja, o punter pode estar vencendo o mercado em pouquíssimas ocasiões, mas, quando o faz, consegue uma grande vantagem sobre a odd de fecho.
Como se pode notar, isso impactará o CLV dele, que poderá até ser positivo.
Entretanto, esse cenário é preocupante, pois as coisas não tendem a sair bem nas apostas em que perdemos para o mercado.
Apostadores que fazem esse tipo de levantamento geralmente encontram um resultado de prejuízo no conjunto de entradas nas quais não bateram o fechamento (BTL negativo).
Nesse ínterim, além de obter um CLV positivo, também é importante ter um BTL indicando consistência em vencer o fechamento.
Considerações Finais
Nosso “número mágico” aqui são os 50% de taxa de vitória como ponto de partida.
Outrossim, é necessário lembrar-se de que a correta aferição dessas métricas, tanto CLV quanto BTL, exige que o juice seja retirado das odds de fechamento.
Isso pois não basta bater o mercado, se a margem da bookie não for vencida também. O resultado final será de –EV no longo prazo.
Por fim, deixo uma dica de ouro para você que está em processo de amadurecimento nas apostas esportivas: não foque nos resultados (que podem conter sorte ou azar), mas concentrar-se no +EV e em vencer a linha de fechamento.
Esse é o grande desafio e certamente o monitoramento dessas duas métricas ganha relevância absurda.
Afinal, uma vez mantida a consistência positiva no CLV e no BTL, pode-se afirmar que o punter tende a ser lucrativo a longo prazo e certamente faz um bom trabalho.
O resultado é recompensador.
Lembrando que essas métricas não se aplicam às apostas em live, que seguem uma lógica distinta.
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[…] Portanto, é muito provável que tipsters de grandes consultorias tenham boas taxas de CLV, como também de Beat the Line (BTL). […]