Gestão de banca é como se administra o montante que determinada pessoa reserva para dedicar às apostas. Trata-se, provavelmente, do pilar mais básico dentro do mundo das apostas esportivas.
Um punter pode perder dinheiro sem saber extrair +EV do mercado, mas essa perda tenderá a ser lenta e gradual se ele tiver uma gestão de banca razoável. Entretanto, nem mesmo o melhor apostador do mundo resistiria por muito tempo caso abandonasse qualquer prática de gestão de banca.
Isso ocorre pois é através da metodologia de gestão de banca que um apostador padroniza seus movimentos dentro do mercado. É o que irá mostrar exatamente qual percentual de seu bankroll deverá alocar em cada uma de suas apostas.
Gestão e Longevidade
Imagine que Jorge é um punter que não aplica qualquer técnica de gestão de banca, enquanto José, outro apostador, investe com unidades fixas de 2% de seu montante total. Eles seguem as dicas do mesmo tipster, e, portanto, fazem teoricamente as mesmas apostas.
Ocorre que em fevereiro de 2022 o tipster teve um mês muito ruim, o que é normal.
José teve uma perda de 10 unidades, ou 20% da banca. Com certeza, uma perda forte.
Entretanto, Jorge apostava com valores aleatórios, conforme a confiança que tinha em cada bet. Ele se expôs exageradamente nesse mês, e quebrou a banca.
Perceba-se que o que dá sobrevivência a uma banca no longo prazo é a metodologia de gestão.
Sem ela, até o melhor dos apostadores irá naufragar em algum momento, pois a variância negativa sempre estará presente na atividade de um punter.
Um período ruim, sem gestão de banca aplicada, tem grandes chances de ser fatal.
Diversidade de Gestão
Uma vez compreendido o motivo pelo qual deve-se ter gestão para obter longevidade nas apostas, torna-se necessário aprender como isso pode ser feito.
Nesse ponto, cabe aclarar que existem inúmeras possibilidades, sendo algumas delas funcionais e outras comprovadamente ineficientes.
Técnicas como all in, Martingale, Fibonacci, e semelhantes, muito embora sejam consideradas formas de gestão de banca por parte da comunidade, já se provaram falhas ao longo do tempo.
São técnicas sem margem para erros, que levarão o apostador à quebra de banca na primeira oportunidade que algo improvável ocorrer. E acredite, uma hora vai ocorrer.
As formas de gestão de banca que se popularizaram e se mostraram eficientes ao longo do tempo partem basicamente de um mesmo princípio.
O apostador divide sua banca em um determinado número de unidades, geralmente entre 30 e 100, conforme seu perfil de risco, e passa a apostar pequenas frações do total.
Por exemplo, alguém que escolhe utilizar uma divisão em 50 unidades, via de regra, fará apostas iguais ou próximas a 1/50.
Ainda, em uma subdivisão desse modelo, o apostador poderá usar stakes fixas ou variáveis, de acordo com critérios pré-definidos por ele. Publiquei recentemente um texto específico sobre essa temática, do qual indica-se a leitura[1].
Considerações Finais
Dentro desse modelo, especialmente se a escolha for por dividir o montante entre 50 e 100 unidades, pode-se afirmar que a banca fica bastante protegida. Embora possa sofrer perdas, torna-se praticamente imune à quebra.
Isso pois, mesmo diante de um forte período de resultados negativos, o apostador poderá recalcular a banca, dividindo-a novamente pelo número escolhido de unidades.
Desta feita, embora o método escolhido possa depender de cada apostador, é essencial ter alguma forma eficiente de gestão de banca para sobreviver nas apostas no longo prazo.
Inexiste outro caminho ou fórmula. Justamente por isso, a gestão deve ser um dos primeiros pontos estudados com afinco e aplicados por um punter.
[1] https://ericktipster.com.br/stake-fixa-ou-variavel-qual-modelo-e-o-melhor/
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